O livro de poesias da escritora mais conceituada do brasil (aqui em casa) está a disposição gratuitamente para ler online e para Download neste link
Linhas Escritas
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
sábado, 15 de junho de 2013
Movimentos protestam por todo o mundo
Essa é a
oportunidade de fazer parte da história da humanidade.
A partir da
chamada “Primavera Árabe”, o povo tomou as rédeas virtuais e foram às ruas protestar contra o
que incomoda. Derrubaram governos, destituíram reinados e tomaram posse da sua
história...
Na Turquia
os manifestantes estão contra o governo,
Começaram
contra a desapropriação de uma praça que viraria estacionamento.
No Brasil,
de dimensões continentais, os protestos estão acontecendo nas capitais, em
cidades importantes e de grande visibilidade, a desculpa é o aumento da
passagem de ônibus, mas sabemos que a coisa vai além. Depois de tantas notícias
sobre políticos corruptos, de desvios de verbas da saúde e educação, se os
brasileiros permanecessem inertes, seria ridículo. Somos gente!
Também não
gosto do vandalismo, dos ataques contra patrimônio público ou particular, mas
quando superfaturam obras e desviam do erário, também estão depredando
patrimônio público, pago por particulares, não é mesmo?
Também não
acho legal, policiais contra manifestantes, somos todos “farinha do mesmo
saco”. Somos todos moradores da mesma cidade e contribuintes do mesmo governo.
Não podemos provocar o selvagem dentro dos
humanos, mas as pessoas estão caindo na idéia de uns contra outros enquanto
devíamos nos unir e direcionar a força. Penso que se não houver provocações e
vandalismos não haverá o que os policiais combaterem, e então a mídia será a
munição da luta. Imagina todos cantando juntos, distribuindo flores, sorrisos e
abraços...
Sei que sou
sonhadora, mas não sou a única, como diria John Lennon, Penso em Gandhi e em
Che Guevara, meus ídolos desde criancinha, tão díspares e tão comuns... Tudo o
que queriam era libertar o povo...
Mas será que
precisamos ser libertados? Quem põe os
políticos no poder somos nós, então nós temos de fiscalizar e exigir
transparência com o uso do dinheiro dos impostos.
O jogo do
Brasil na Copa das Confederações reuniu mais gente no Anhangabaú do que manifestantes
na praça Ramos. Alguma coisa está errada ou sou eu que estou entendendo
mal?
Então, jogo
de futebol (tá certo que é a pátria de
chuteiras), com jogadores que recebem muito bem para fazer o trabalho deles, com estádios reformados ou construídos com
muito dinheiro público (que poderiam ser direcionados para a saúde e educação)
é mais importante para o cidadão do que lutar pelos seus direitos?
Em Brasília,
houve manifestação “contra a Copa”, mas na verdade estavam protestando contra
este desvio de foco, enquanto faltam hospitais e leitos e UTIs, gastar dinheiro
com estádios (de manutenção cara) no lugar de pensar na saúde é um disparate.
Vou ficar
por aqui, divagando sobre como caminha a humanidade, com passos de formiga e
sem vontade. Como diz Lulu Santos.
sábado, 25 de maio de 2013
LIXO EMBAIXO DA
PONTE
(Sob a ponte
da Penha, que atravessa a linha do trem em 28/10/05)
A imagem
devia ser agradável
Afinal há
vida, movimento,
Panos e
roupas no varal,
Tudo em
crescimento.
Mas a vida é
um rio lento
Arrastando
viventes.
Rio sujo,
pesado, agourento.
Juntando
tudo, causando enchentes...
São casas,
famílias, pessoas,
Jovens, cães
e crianças nuas.
Cores
misturadas.
Papel, pau,
coisas quebradas,
Sem projetos
e infra-estrutura,
Sem rostos
amontoados,
Humanos
encurralados,
Infecção sem
cura.
Em cima os
carros passam,
Pessoas
dirigem, olham.
Alguns ficam
chocados,
Outros
acostumados.
Mas o quê e
como fazer
Pra mudar
essa confusão?
Será que o
poder público não vê
Ou quer
apenas a manutenção
Do lixo
embaixo da ponte?
Lixo vivo,
lixo gente,
Que come,
vota, sente,
E continua
jogado no monte.
Até quando
vai ser assim?
A miséria
incomoda só a mim
Ou não
percebo a estética
Contida na
falta de ética
Na falta de
dignidade
Chamada de
liberdade?
Liberdade de
ir, vir e morar,
Não onde
quiser,
Mas onde der
Pra chegar e
ficar,
Virando
apenas isso.
Ficando
parecido com lixo
Que se
acumula embaixo da ponte.
Amor Platônico
Sem querer o
encontro na rua.
Aquela que
jamais passaria
Se não fosse
por você.
Surpresa,
Sorriso,
Cumprimento...
O toque dos
milhões de células
Das suas
mãos tocando as minhas,
Provocam
múltiplas sensações
Indescritíveis
e prazerosas,
Um beijo no
rosto.
A
proximidade dos corpos.
A emoção de
estarmos em público...
Vivo um
instante de êxtase particular.
Palavras comuns
Com
significação só minha.
Faço o meu
tempo,
Não tenho
pressa de nada,
Vivo
intensamente
Os milésimos
de segundos
Que se sucedem,
Fico ao seu
lado por um instante,
Estou com
você,
Mesmo que
esteja distante.
ENCONTRO DE MÃOS
Suas mãos
quentes transpiram
Ao procurar
pelas minhas,
Quase sempre
frias,
Que se
entregam às suas
Como uma
virgem
Em sua
primeira noite de amor.
Seus dedos laçam,
Enlaçam e
entrelaçam os meus
Como num
abraço
De tantos
braços
Que me tiram
o ar.
A
transcendência deste sentimento,
Deste
carinho.
A mais
ninguém interessa
E é por isso
que é tão pleno
Estar ao seu
lado e me entregar
Neste
encontro de mãos.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Nuvens
Nuvens...
Queria andar sobre elas.
As pessoas formigavelmente minúsculas,
As árvores, brócolis.
Lagos de furos que deixam ver o céu.
E arranha céus que não arranham nada.
Nuvens...
Algodões voadores,
Tão lentos, às vezes,
Que me parecem meses
Procurando formas.
Nuvens...
Que os ventos enlaçam,
Meus pés não alcançam,
Que o sol incide
E minha cabeça reside.
Assinar:
Postagens (Atom)